"Viagem ao Mato Grosso que produz"

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Terminou...


Certamente ninguém mais vai entrar neste blog, mas não custa nada finalizar este trecho tão importante de minha vida e do rally, nem que seja pela minha própria satisfação em escrever e registrar os acontecimentos. Após quase um ano de pesquisas, leituras, 56 entrevistas, dúvidas e aprendizado, eu finalmente terminei meu trabalho de conclusão de curso. E não só ele, como também uma etapa relevante da minha vida. Não mais como estudante e,sim, jornalista. Na verdade, até o dia 13 de setembro, quando acontece minha colação de grau, ainda me considero estudante, ou pelo menos deveria. Mas é inevitável a existência daquele frio na barriga, daquele medo de uma mudança de etapas e receio do que vem pela frente.
Mas vamos falar do que interessa neste blog. O meu trabalho ficou gigantesco, uma grande reportagem com 88 mil caracteres, mais de 32 páginas de uma revista. Tive que cortar o texto até chegar aos atuais 68 mil caracteres, 28 páginas. A reportagem abordou os mais relevantes temas observados durante os 14 dias de rally, como o advento da tecnologia da soja transgênica versus a convencional; os destinos da soja após a colheita; as vendas antecipadas; a logística deficiente e, por fim, o constante embate entre preservação ambiental e o alargamento das fronteiras agrícolas.

As maiores dificuldades só ocorreram após o retorno da expedição. Antes disso, tudo foi encarado como um grande desafio para mim. Havia dias durante a viagem que eu chegava ao hotel exausta de um dia de levantamentos nas lavouras, mas sabia que havia firmado um compromisso comigo mesma de transcrever para o word todas as entrevistas realizadas durante cada dia para que eu não esquecesse as falas mais importantes, e, depois disso, ainda tinha que atualizar esse blog. Mas tudo foi muito proveitoso.

As maiores dificuldades se deram quando eu comecei a escrita da reportagem. Eu tinha muitas informações que julgava valiosas em minhas mãos, muitas falas de produtores, entrevistas, mas tinha sempre que selecionar o que era mais importante. Cortar o texto foi uma dificuldade grande, assim como definir o seu formato.

Fontes importantes se recusaram a dar entrevistas quando eu afirmava que era estudante de jornalismo e estava fazendo uma reportagem para o meu TCC, como foi o caso da porta-voz do Greenpeace e do Blairo Maggi. Era frustrante perceber que, para eles, meu trabalho não significava nada, enquanto para mim era tão importante. A busca pela imparcialidade quando se têm a opinião formada acerca de alguns temas, também foi um grande empecilho. Em muitos momentos eu não me dava conta de que estava inclinada para um lado da história. E neste ponto minha orientadora forneceu sugestões valiosas para a escrita da reportagem.

Acho que já falei demais. Agora já penso em qual será meu próximo blog. Gostei disso aqui.


Obs: a foto ai de cima é a capa do meu tcc, nota 9,5.

1 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial